domingo, 21 de junho de 2015

Doce claridade do entardecer

Sétimo poema na varanda da casa nova

Doce claridade do entardecer

Quando o sol em forja
se vai diluindo ao longe,
de cansado,
advém uma calma tal
e tal serenidade,
que nosso corpo se distende,
só reclama a paz do lar,
para refazer as forças,
repondo a corda do relógio.

Desliza lento o dia
rumo à noite
que o espera enamorada.

Leva as quimeras
do fogo fátuo
que ardia ao amanhecer.

Só deixou o rasto
de algumas nuvens,
mais as sombras
que vão nascendo,
manta de bruma
que se vai estendendo,
cobrindo a terra.

Aves canoras voam dos ninhos,
correm no ar,
esvoaçando ao vento.

nos autocarros saem e entram
rostos cansados,
rumando a casa,
cheios de fome.

Sina fatal,
o fado da vida
de quem pobre nasceu...

Berlin, 21 de Junho de 2015
21h34m
Joaquim Luís Mendes Gomes





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