Largas vidraças
Desta janela, atrás das vidraças,
Alcanço as velas ao vento
Da gente que passa
Que chega e que vai.
Neste mar de procelas,
Há vagas enormes,
Espalhando ameaças sem fim.
Ninguém lhes fez mal.
Seu lado de dentro, oculto,
Ninguém o devassa.
Fico a vê-las da minha janela,
Atrás da vidraça,
Feito gaivota,
Presa e fechada,
Frente ao mar alto e revolto.
Asas paradas não voam,
Mas vêm quem passa…
Berlin, Reichelt, 30 de Junho de 2015
11h14m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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