terça-feira, 30 de junho de 2015

Largas vidraças...

Largas vidraças

Desta janela, atrás das vidraças,
Alcanço as velas ao vento
Da gente que passa
Que chega e que vai.

Neste mar de procelas,
Há vagas enormes,
Espalhando ameaças sem fim.
Ninguém lhes fez mal.

Seu lado de dentro, oculto,
Ninguém o devassa.

Fico a vê-las da minha janela,
Atrás da vidraça,
Feito gaivota,
Presa e fechada,
Frente ao mar alto e revolto.
Asas paradas não voam,
Mas vêm quem passa…

Berlin, Reichelt, 30 de Junho de 2015
11h14m
Joaquim Luís Mendes Gomes




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