Como seria enfadonho
Sair à rua em qualquer hora
e não ver viv'alma,
olhar para o ar
e não ver um pássaro,
descer a escada
ao rés-do-chão,
em pleno silêncio
como é num ermo.
Atravessar a aldeia,
não ouvir um cão
nem o miar dum gato,
passar na escola,
portas cerradas.
Subir ao monte,
cheio de sede,
bornal vazio
E não achar a fonte.
E, modernamente,
abrir o "face"
Tudo deserto.
Um só remédio
para tanto mal:
Abrir um livro
e voltar a ler,
pegar num lápis
e pôr-se a escrever...
Berlin, 2 de Junho de 2015
11h7m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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