terça-feira, 30 de junho de 2015

Diabo do bicho...

Décimo quinto poema da varanda na casa nova

Diabo do bicho,
Um saco cheio...

Nem que seja de berlindes.
Ninguém se atira para o caminho,
Sem tomar as precauções.

Fazer a mala.
Ninguém gosta, mas tem de ser.
E há-de faltar sempre alguma coisa.

Os pijamas. Chinelos de quarto.
Escova dos dentes
E aquela trapalhada toda
Da roupa ligeira.

Toalhas de banho.
E fatos do mar.
Óculos de sol
E bronzeador.
A caixa dos discos
Para acompanhar.

Ah! E os computadores,
Os mafarricos.
Últimos gritos
De estarrecer.

As penes da net…
P’ró facebook.

E, na carteira,
Os cartões do banco.

E, se ainda houvesse,
Aquela infernália toda
Para o fiel amigo…
Vai fazer falta o diabo do bicho…
Descanse em paz!

Berlin, 30 de Junho de 2015
19h9m
Joaquim Luís Mendes Gomes

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