Eixos quadrados
Se as rodas forem redondas,
Mesmo que seja quadrado,
De trás e à frente,
O carro roda
E chega lá.
Com o inverso,
Qualquer que seja o gás,
Só arrastado.
Nem para a frente nem para trás.
Se quadradas forem
As nossas dúvidas,
Só as alisando,
Ou as desfazendo,
À luz da vela,
Como cera.
Se a vidraça mais pura
Se toldar de vapor d’água,
Não há olhos por mais apurados,
Que os devassem.
Basta um pano enxuto
Ou a luz do sol,
E a transparência vem
E torna claro o opaco
Ou o invisível.
Se o carburador encharcar as velas,
Pode ser um jaguar!
Só de empurrão e
Muita humildade,
Ele voltará a andar.
As vitórias distam tão longe…
Só com muita luta
E muito suor,
Não serão derrotas…
Ouvindo “Nocturnos” de Chopin
Berlin, 1 de Junho de 2015
8h29m
Joaquim Luís Mendes Gomes