domingo, 24 de maio de 2015

Solidão final

Solidão final

Ai de mim, se,
naquela hora de tanta fraqueza,
me visse realmente só,
entregue às minhas forças.

Se, por detrás daquela nuvem negra,
que corria rumo a mim,
não houvesse mais sol
a iluminar o meu futuro.

Se nem um cofre cheio
nem o amparo dos meus amigos
conseguissem inverter aquela ameaça...

Seria só o estertor do desespero,

ou o baixar dos braços,
até à hora final da desgraça
que a ninguém poupa,
forte ou fraco,
pobre ou rico...

Me sossegou, porém, sentir
que não estava só...

Tinha um Pai atento,
mesmo e sempre,
alii ao lado...

Berlin, 24 de Berlin de 2015
16h24m
Joaquim Luís Mendes Gomes


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