A Alucinação das Multidões
Ninguém consegue
enfrentar a multidão
Que bate palmas
Que urra e ladra,
Ao redor dum campo de
bola,
Como um jumento
Ou um cão.
O bom senso e a inteligência
Que crescem e que há em
cada um,
Não se adiciona como os números:
Um mais um igual a dois…!
Se assim o fosse,
Certo seria:
- Não haveria tanto estádio
E o que houvesse,
Nunca encheria assim,
E se enchesse,
Logo ficaria deserto…
As mais das vezes
Ao somar a resposta certa
de cada um,
À mesma questão:
- que faço eu aqui, ao
certo,
se não a encher a
carteira estéril
Dos espertalhões,
Que mais não fazem
Que vender caro tamanha
ilusão…
Fabricando escravos,
Que parecem heróis…
Atrás da bola,
Aos pontapés!
Ainda se fosse de trapos
E de chimpanzés!?...
Seria um circo
E uma nobre arte,
Sem confrontação,
O futebol…
A de divertir a multidão,
O que é bem preciso!
Ovar,26 de Agosto de 2012
4h 25m
Joaquim Luís M. Mendes
Gomes
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