nada passa despercebido...
quantas vezes nos sentimos sós.
sem ninguém a ver.
pensamos nós...
se fazemos bem,
se fazemos mal.
só a gente sabe...
é o que parece.
há sempre uns olhos
que nos estão a ver.
isto é real.
um dia caí no Porto
ao sair do eléctrico.
com uma mala nas mãos.
foi por um triz.
cheguei a casa.
o bom do abade,
ao ir cumprimentá-lo,
me desfechou veloz:
- com que então,
quase não escapaste!...
percebi logo tudo.
fiquei vermelho.
depois pensei.
- e porque não me acudiu ele naquela hora?...
nunca o saberei...
já para lá partiu.
Berlin, 6 de Maio de 2015
21h3m
Joaquim Luís Mendes Gomes
Sem comentários:
Enviar um comentário