terça-feira, 26 de maio de 2015

Não quero nunca ser o primeiro

Não quero nunca ser o primeiro em nada

Quero ser quem sou.
Autêntico.
Ciente e sempre à procura
do que tenho e do que posso.
Para ser e para dar.

Só quero ter minha consciência,
banhada no mar da tranquilidade,
mesmo devendo,
porque ninguém tem tudo
e sem a ajuda de Alguém,
tem sempre precisão
de pouco ou muito.

Estar atento. A quem caminha a meu lado,
sentindo o rigor do chão,
ora pedregoso,
ora escarpado.

Pegar na mão para ajudar
e receber ajuda.
Partilhar o bom
e o menos que houver.

Saborear o gosto de viver,
cada instante em plenitude.
Semear a esperança
e a conformação,
sabendo sempre
que, depois duma tristeza,
vem a alegria da bonança.

É na combinação
dos contrastes
dos tons e cores,
que a harmonia cresce,
como seara de verde,
que o calor do sol amadurece.

Quero chegar em grupo,
lá ao cume,
para me banhar com todos,
naquele mar aberto
Cuja barra é a alegria...


ouvindo o inesgotável maestro e violinista exímio, André Rieu

o sol está rasgando a custo
as brumas  de cinza que o escondem

Berlin, 27 de Maio de 2015
6h31m
Joaquim Luís Mendes Gomes

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