sexta-feira, 27 de setembro de 2019
Cicatrizes
Cicatrizes
Nunca mais apagam as cicatrizes da infância.
Quando se começa a despertar para as coisas da vida.
Quando se começa a ver que as coisas e as gentes não são como parecem.
O perigo espreita em cada canto.
Afinal, o melhor amigo nos desiludiu naquela hora.
O abade e o professor nos pega de ponta, sabe-se lá porquê.
Para quê tanta ilusão na escola, se quem vinga são os mais ladinos.
Tudo fica gravado e jamais se apaga...
Berlim, 27 de Setembro de 2019
9h12m
Jlmg
quinta-feira, 26 de setembro de 2019
Setembro Outonal
Luminoso amanhecer de Setembro Outonal
Brilham ao sol as derradeiras folhas raiadas de Outono.
Sombreando de negro, os caules e os ramos entristecidos.
Pelos passeios ainda molhados, gravitam as damas pressurosas Em direcção às suas compras.
De todos os lados, chegam e se vão os carros e bicicletas.
Pelos corredores do super, os interessados andarilham pelas prateleiras, à procura do que falta na sua dispensa.
E os passaritos, lá fora, nas suas andanças, procuram migalhas esquecidas sobre as mesas.
Várias rodadas já decorreram, aqui no bar, na hora grata do pequeno almoço.
Tudo continua igual, ao mesmo ritmo, desde que em Julho passado, zarpei a Portugal.
E, assim vai passando a vida noutro país.
Nunca seja pior...
Bar do Edeka em Berlim, 26 de Setembro de 2019
10h40m
Jlmg
De todos os lados, chegam e se vão os carros e bicicletas.
Pelos corredores do super, os interessados andarilham pelas prateleiras, à procura do que falta na sua dispensa.
E os passaritos, lá fora, nas suas andanças, procuram migalhas esquecidas sobre as mesas.
Várias rodadas já decorreram, aqui no bar, na hora grata do pequeno almoço.
Tudo continua igual, ao mesmo ritmo, desde que em Julho passado, zarpei a Portugal.
E, assim vai passando a vida noutro país.
Nunca seja pior...
Bar do Edeka em Berlim, 26 de Setembro de 2019
10h40m
Jlmg
Não sou vegetal
Não sou vegetal
Sinto a fome e o frio.
Vibro com a alegria e a tristeza.
Choro e rio.
Alimento meu espírito com a beleza.
Sou duro com a ingratidão do próximo.
Nunca esquecerei quem me fez bem.
O ressentimento é vão.
Minhas portas estão sempre abertas se alguém precisa.
Quem me dera uma varinha de condão para aliviar o sofrimento.
Meu e do meu vizinho.
Sei de cor o acto de contrição pelas falhas que cometi.
Fui pai por quatro vezes e nunca me arrependi...
Berlim, 26 de Setembro de 2019
19h33m
Jlmg
terça-feira, 24 de setembro de 2019
Vida fugaz
Vida fugaz
A vida escoa-se debaixo dos pés como a água da chuva na calçada ao pé.
Servir a riqueza, esquecendo o céu.
Viver para ter, sem curar de viver.
Um carro por ano como quem vai passear.
Saudar o ricaço e esquecer o vizinho.
É tudo o inverso e errado.
Às duas por três, a vida passou e tudo ficou.
Berlim, 24 de Setembro de 2019
14h24m
Jlmg
A vida escoa-se debaixo dos pés como a água da chuva na calçada ao pé.
Servir a riqueza, esquecendo o céu.
Viver para ter, sem curar de viver.
Um carro por ano como quem vai passear.
Saudar o ricaço e esquecer o vizinho.
É tudo o inverso e errado.
Às duas por três, a vida passou e tudo ficou.
Berlim, 24 de Setembro de 2019
14h24m
Jlmg
segunda-feira, 23 de setembro de 2019
Rude e disforme
Rude e disforme
Tropeço num seixo cravado no chão.
É rude e disforme.
O tomo nas mãos.
Fixo-me nele.
Perscruto-lhe o seio.
E um rosto, sereno e expressivo, me assoma aos olhos.
Tomo o cinzel.
Em pancadas firmes, seguras, descarno-lhe os pedaços a mais.
Desenho-lhe a testa.
Esboço-lhe um rosto, impessoal, primeiro.
Delineio-lhe as faces.
Defino-lhe, da boca, os lábios perfeitos.
Retiro do fundo dois olhos ovais.
Ressalto-lhe as pálpebras.
Sopro-lhe a alma.
Ao último toque, parece-me ouvir, com emoção e doçura,
um - muito obrigado-
Parece tem vida.
Saída de mim.
Desatei a chorar...
Berlim, 23 de Setembro de 2019
21h3m
JLmg
O acabar do dia
O acabar do dia
Os últimos passos nos introduzem em casa.
A fadiga nos assoma.
Apetece sentar na varanda e ver o dia deitar.
Cada vez mais indistintas as formas dos seres.
Tinge-se o céu de cinza e luz cadente.
Na cozinha tilintam os tachos sobre o fogão.
O estrugido, com cebola e alho, exala o seu perfume embriagante.
Me cheira a norte, retinto e puro.
Bebe-se uns goles de tinto seco para atiçar o apetite.
Mais um pouco e a mesa ferve de alegria com os da casa.
É este o ram-ram simples que nos vai preenchendo a vida, enquanto o Senhor quiser...
Berlim, 23 de Setembro de 2019
19h21m
Jlmg
Os últimos passos nos introduzem em casa.
A fadiga nos assoma.
Apetece sentar na varanda e ver o dia deitar.
Cada vez mais indistintas as formas dos seres.
Tinge-se o céu de cinza e luz cadente.
Na cozinha tilintam os tachos sobre o fogão.
O estrugido, com cebola e alho, exala o seu perfume embriagante.
Me cheira a norte, retinto e puro.
Bebe-se uns goles de tinto seco para atiçar o apetite.
Mais um pouco e a mesa ferve de alegria com os da casa.
É este o ram-ram simples que nos vai preenchendo a vida, enquanto o Senhor quiser...
Berlim, 23 de Setembro de 2019
19h21m
Jlmg
domingo, 22 de setembro de 2019
Orbe terráqueo
Orbe terráqueo
Simples poalha de ser,
Dum universo infinito,
Poisei, um dia,
Por sorte ou azar,
Nesta bola de azul,
Perdida, à volta do sol.
Acaso ou não,
Aterrei neste orbe terráqueo.
Fiz dele meu torrão ao nascer.
Nele assentei e gravito.
Minhas folhas e raízes,
Meu suporte e sustento,
Me prendem a ele.
Carrego em mim um destino.
Nem eu sei bem o sentido.
Bate-me no peito um tambor
Que um dia há-de parar.
Solta gemidos e loas.
Sabe de cor o caminho.
Às vezes me segreda segredos
De quem o pôs a bater.
Fala-me duma vida além.
Se a quiser alcançar,
Primeiro tem de viver,
Como uma voz lhe ditar.
Berlim, 21 de Setembro de 2019
10h44m
Jlmg
Minha lira perdida
Minha inspiração perdida
Anda perdida minha inspiração à solta.
Levou-a o vento, batendo-lhe as asas.
Deixou-me tão triste. Quase morri.
Faltou-me o sustento das palmas.
Quase secou meu lago dos cisnes.
Senti-me traído como um pintor sem tema.
Zanguei-me com a sorte que bem me iludiu.
Pus-me à janela, mirando ao longe.
Abeirei-me do mar,
Sonhando com temas perdidos.
Há horas de sorte e horas de crise.
Nunca perdi a esperança de que voltaria a pintar.
O mundo dá voltas à volta do sol.
Uns dias cantando, outras bramindo.
Nada é eterno neste tempo finito.
Para saborear o amor é preciso sofrer...
Berlim, 20 de Setembro de 2019
15h19m
Jlmg
Artista solista
Artista solista
Vai sozinho ao leme da linha melódica,
Na crista do belo, sulcando as ondas com fome e genica.
Arma duelos de naipes contrários.
Não cede à traição.
Replica com tempos e acenos velozes.
Avança afoito. Resiste aos ventos contrários.
Brande tão firme e certeiro.
Ninguém lhe resiste.
Aclama o perfume da alma da obra.
Atrai os queixumes de quem fica para trás.
Arranca aplausos de gente insensível.
Aguenta a cadência que o maestro lhe impõe.
Adiciona o talento ao fogo da peça.
Se torna o herói da vitória.
Mas, humilde, se rende à solidariedade total.
Sem ela, seria só uma voz sem chama cantando no escuro…
Ouvindo Rimsky-Korsakov: Scheherazade op.35 - Leif Segerstam - Sinfónica de Galicia
Berlim, 16 de Setembro de 2019
16h38m
Jlmg
Clamor dos ventos
Clamor dos ventos
Dos tempos imemoriais, escondidos nas nuvens, ressoam clamores das eras somadas
Das gentes sem conta que povoaram a terra.
Gritos estridentes de guerras.
Carnificinas. Invasões e piratas.
O duelo constante entre o bem e o mal.
Pelo domínio das terras e das gentes irmãs.
Fica-se atónito.
Que enigma ingente!
Repugna à mente.
Como, se a fonte e o fim não fossem os mesmos?...
Ouvindo concerto, piano e orquestra, nº 4 de Beethoven por Hélène Grimaud
Berlim, 16 de Setembro de 2019
13h41m
Jlmg
A canção mais linda
A canção mais linda
Queria escrever a canção mais linda que nunca se ouviu.
Poisá-la na nuvem e fazê-la voar.
Se ouvisse no mundo.
Levasse a paz e alegria e a fizesse chover.
Inundasse desertos.
Regasse as almas.
Despertasse a esperança.
Curasse as feridas.
Uma que fosse, ficaria feliz…
Berlim, 16 de Setembro de 2019
12h15m
Jlmg
Renascer
Renascer
A noite passou. O sol renasceu.
Pintou de azul o céu e a terra de verde.
A vida fervilha.
Brilham os olhos.
As forças crepitam.
Apetece viver e sonhar.
Há fogo no lar.
A noite passou. O sol renasceu.
Pintou de azul o céu e a terra de verde.
A vida fervilha.
Brilham os olhos.
As forças crepitam.
Apetece viver e sonhar.
Há fogo no lar.
Se abrem as janelas.
Que frescura tão verde.
Os corvos não param.
Ainda bem que chegamos.
Apetece sair.
Parar é morrer…
Berlim, 14 de Setembro de 2019
7h46m
Jlmg
Que frescura tão verde.
Os corvos não param.
Ainda bem que chegamos.
Apetece sair.
Parar é morrer…
Berlim, 14 de Setembro de 2019
7h46m
Jlmg
Mulhouse em Setembro
Mulhouse em Setembro
Parece amanhecer sereno e luminoso este dia em Mulhouse.
Depois da longa caminhada.
Outra nos espera. Até Berlim.
Seja igual.
Sem contratempos.
Sebem que,
Ontem, estava a dormitar sózinho, num parque, na auto-estrada. Fui abordado por 3 polícias franceses. Fardados. Dois homens e uma mulher.
Vinham disfarçados num carro vulgar.
Perguntas:
Donde vinha.
Para onde ia.
Viagem de recreio ou de negócio.
Que faziam os filhos em Berlim.
Obrigado e boa viagem.
Parece amanhecer sereno e luminoso este dia em Mulhouse.
Depois da longa caminhada.
Outra nos espera. Até Berlim.
Seja igual.
Sem contratempos.
Sebem que,
Ontem, estava a dormitar sózinho, num parque, na auto-estrada. Fui abordado por 3 polícias franceses. Fardados. Dois homens e uma mulher.
Vinham disfarçados num carro vulgar.
Perguntas:
Donde vinha.
Para onde ia.
Viagem de recreio ou de negócio.
Que faziam os filhos em Berlim.
Obrigado e boa viagem.
Andavam à caça de alguém...
Encontrei-os a seguir numa estaçao de serviço a revistar uma carrinha branca.
Foi um bom sinal. Há vigilancia.
Em Espanha foi pior. Fomos, anos atrás, assaltados por 3 vezes. Chamamos a polícia e nada aconteceu...
12 de Setembro de 2019
6h12m
Jlmg
Encontrei-os a seguir numa estaçao de serviço a revistar uma carrinha branca.
Foi um bom sinal. Há vigilancia.
Em Espanha foi pior. Fomos, anos atrás, assaltados por 3 vezes. Chamamos a polícia e nada aconteceu...
12 de Setembro de 2019
6h12m
Jlmg
Espaços vazios
Espaços vazios...
Palavras ditas sem senso.
Amarras que prendem sem tino.
Palavras ditas sem senso.
Amarras que prendem sem tino.
Juizos lançados sem norte.
Desejos escondidos cobertos de males.
Momentos de espera perdidos.
Janelas fechadas de casas sem portas.
Caminhos na vida desertos de esperança.
Corpos famintos em almas de barro.
Chamas ardendo ameaçadas ao vento.
Quem sabe, uma vida sem sonho seria melhor.
Às vezes, parece, faria sentido ser pássaro ou árvore...
Desejos escondidos cobertos de males.
Momentos de espera perdidos.
Janelas fechadas de casas sem portas.
Caminhos na vida desertos de esperança.
Corpos famintos em almas de barro.
Chamas ardendo ameaçadas ao vento.
Quem sabe, uma vida sem sonho seria melhor.
Às vezes, parece, faria sentido ser pássaro ou árvore...
Setembro de sol, em Roses
Setembro, dia de sol, em Roses
Mar azul. Sereno e convidativo.
Branda brisa. Um sol meigo e sedutor.
Me exponho.
Ondículas de espuma banham macias, meus pés.
Me convidam a entrar.
Mar azul. Sereno e convidativo.
Branda brisa. Um sol meigo e sedutor.
Me exponho.
Ondículas de espuma banham macias, meus pés.
Me convidam a entrar.
Dá-me pela cintura.
Me entrego ao mar.
Me sinto abraçado.
Um frémito feliz me percorre.
Alcanço a leveza da levitaçao.
Bóio à superfície e me quedo pacato, sob o céu sem fim.
Apetecia ficar aqui para sempre.
Ou que o tempo assim parasse.
Ó benéficas horas que, de passagem, aqui me detenho.
Roses, 9 de Setembro de 2019
10h6m
Jlmg
Me entrego ao mar.
Me sinto abraçado.
Um frémito feliz me percorre.
Alcanço a leveza da levitaçao.
Bóio à superfície e me quedo pacato, sob o céu sem fim.
Apetecia ficar aqui para sempre.
Ou que o tempo assim parasse.
Ó benéficas horas que, de passagem, aqui me detenho.
Roses, 9 de Setembro de 2019
10h6m
Jlmg
Chuva de Setembro em Roses
Chuva de Setembro em Roses
As gaivotas tristonhas deambulam na praia de areia molhada.
Lágrimas de chuva escorrem nos vidros.
As gaivotas tristonhas deambulam na praia de areia molhada.
Lágrimas de chuva escorrem nos vidros.
Arrepios de frio correm nas ondas do mar.
Núvens de cinza toldam de negro o céu.
As esplanadas, vazias de gente, aparam caladas as gotas da chuva.
E as pombas sem tecto se abrigam nas tocas das árvores à espera do sol.
Que belo dia de praia no dia de ontem.
Ninguém se atreveu a prever o que, hoje, estava para vir.
O tempo é assim em Setembro.
Inverno ou verao.
Roses, 10 de Setembro de 2019
9h45m
Jlmg
Núvens de cinza toldam de negro o céu.
As esplanadas, vazias de gente, aparam caladas as gotas da chuva.
E as pombas sem tecto se abrigam nas tocas das árvores à espera do sol.
Que belo dia de praia no dia de ontem.
Ninguém se atreveu a prever o que, hoje, estava para vir.
O tempo é assim em Setembro.
Inverno ou verao.
Roses, 10 de Setembro de 2019
9h45m
Jlmg
Noite de sonho
Noite de Sonho
Banhei-me num lago de cisnes.
Era de noite. Fazia luar.
Uma arpa mansinha tocava.
Gotas de sons. Caíam na água.
Passavam por mim, em ondículas de amor.
Um silvo sonoro entoava um hino.
Vinha dos céus.
Era dum anjo. Tocando trompete.
As tubas, cavas, vibrantes, não lhes ficavam atrás.
Retumba o tambor. Pancadas suaves.
Vinham do fundo. Marcavam a marcha.
Dançavam os arcos, à uma, vibrando nas cordas.
Tangendo em coro, uma melodia divina.
Em fila, vieram os cisnes, deixando rastos de luz, num baile sem fim.
Um pedaço de sonho ou terá sido real?...
Ouvindo Pyotr Tchaikovsky - Swan Lake 白鳥の湖 suite Op. 20a
Berlim, 22 de Setembro de 2019
14h24m
Jlmg
Banhei-me num lago de cisnes.
Era de noite. Fazia luar.
Uma arpa mansinha tocava.
Gotas de sons. Caíam na água.
Passavam por mim, em ondículas de amor.
Um silvo sonoro entoava um hino.
Vinha dos céus.
Era dum anjo. Tocando trompete.
As tubas, cavas, vibrantes, não lhes ficavam atrás.
Retumba o tambor. Pancadas suaves.
Vinham do fundo. Marcavam a marcha.
Dançavam os arcos, à uma, vibrando nas cordas.
Tangendo em coro, uma melodia divina.
Em fila, vieram os cisnes, deixando rastos de luz, num baile sem fim.
Um pedaço de sonho ou terá sido real?...
Ouvindo Pyotr Tchaikovsky - Swan Lake 白鳥の湖 suite Op. 20a
Berlim, 22 de Setembro de 2019
14h24m
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sexta-feira, 6 de setembro de 2019
Custe o que custar...
Custe o que custar...
A sorte nos abençoou com a dita de nascer.
Nossa meta é ser feliz.
A sorte nos abençoou com a dita de nascer.
Nossa meta é ser feliz.
Viver em plenitude. Apesar dos momentos mais sombrios.
Levantar as vezes que for preciso.
Mas se precisa de ajuda.
Há capelinhas e ermidas pelo caminho onde me posso ajoelhar.
O destino é para além.
O que importa é lá chegar.
Não há outra razão de ser.
Só fica pelo caminho quem deixe de sonhar...
Café Castelão, 6 de Setembro de 2019
9h58m
Ouvindo Mozart - Concerto no 23 in A major k 488 - Daniil Trifonov and the Israel Camerata Orchestra
Jlmg
Levantar as vezes que for preciso.
Mas se precisa de ajuda.
Há capelinhas e ermidas pelo caminho onde me posso ajoelhar.
O destino é para além.
O que importa é lá chegar.
Não há outra razão de ser.
Só fica pelo caminho quem deixe de sonhar...
Café Castelão, 6 de Setembro de 2019
9h58m
Ouvindo Mozart - Concerto no 23 in A major k 488 - Daniil Trifonov and the Israel Camerata Orchestra
Jlmg
quinta-feira, 5 de setembro de 2019
Gravitando no espaço
Gravitando no espaço...
Asa perdida, sem leme, meu ser gravita com fome no espaço.
Sem eira nem beira, cerca a terra de laços e voltas.
Dormita de noite.
Refulge de brilho ao sol.
Vezes sem conta, se põe ao relento, mirando as estrelas e astros.
Que belo saber que tudo é obra do Ser que me quer como filho e herdeiro do mundo...
Mafra, 5 de Setembro de 2019
14h53m
Jlmg
segunda-feira, 2 de setembro de 2019
Marco do correio
Marco do correio
Uma caixa cilíndrica, vermelha na cor, em lugar evidente,
guarda lá dentro segredos sem conta.
Fechado à chave.
Quem a tem é que abre.
Conforme o destino, alguém os aparta.
Vence as distâncias.
Mitiga as ausências.
Mata saudades.
Alguém os espera.
Com o credo na boca.
Será que é desta?
Às vezes, fortuna.
Outras, desgraça.
Uma presença constante.
Corrente de esperança...
Mafra, 2 de Setembro de 2019
17h0m
Jlmg
Uma caixa cilíndrica, vermelha na cor, em lugar evidente,
guarda lá dentro segredos sem conta.
Fechado à chave.
Quem a tem é que abre.
Conforme o destino, alguém os aparta.
Vence as distâncias.
Mitiga as ausências.
Mata saudades.
Alguém os espera.
Com o credo na boca.
Será que é desta?
Às vezes, fortuna.
Outras, desgraça.
Uma presença constante.
Corrente de esperança...
Mafra, 2 de Setembro de 2019
17h0m
Jlmg
domingo, 1 de setembro de 2019
Minhas amarras
Minhas amarras
Desprendi as amarras à minha alma.
Criada para voar alto,
Estava presa ao cais da frivolidade.
Que deslumbramento se lhe abriu à frente.
Horizontes ocultos ficaram à vista.
Se alargou o mundo.
Novas dimensões da existência se abriram de par em par.
É ilusória apenas a fronteira entre esta vida e a que virá depois.
Tudo que se semear nesta virá a seguir a cem por um.
Uma voz interna mo diz claramente e eu creio pela sua luz.
A chave de oiro é minha decisão de liberdade...
Criada para voar alto,
Estava presa ao cais da frivolidade.
Que deslumbramento se lhe abriu à frente.
Horizontes ocultos ficaram à vista.
Se alargou o mundo.
Novas dimensões da existência se abriram de par em par.
É ilusória apenas a fronteira entre esta vida e a que virá depois.
Tudo que se semear nesta virá a seguir a cem por um.
Uma voz interna mo diz claramente e eu creio pela sua luz.
A chave de oiro é minha decisão de liberdade...
Ouvindo Schubert - Impromptu No. 3, Op. 90 (Kissin)
Bar Castelão, 1 de Setembro de 2019
9h56m
Jlmg
9h56m
Jlmg
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