Ler sem queimar…
Escreve na terra, seca ou molhada, o
sol.
Linhas tão cheias. Vazam saber.
Cheias de luz.
Oferta-as ao mundo.
Lê sem queimar.
Cumpre o dever.
Cada dia que nasce.
Com hora marcada.
Vai pela estrada e vereda da serra.
Se espraia na encosta,
Pintando quadros com beleza das
cores.
Se banha nos rios. Cardumes correndo.
Mergulha nos mares. Em sono profundo.
Às vezes, faz frio e gela, revestindo
com neve.
Albos os cumes, reluzindo de longe,
Alumiam as nuvens nas sendas dos
céus.
Também ardem as matas, se cobrem de
cinzas.
Renovam o húmus, videiras com cor.
Campos de milho, grão de centeio.
Fartura de vida, de graça e amor…
Berlim, 1 de Dezembro de 2017
8h27m
Manhã molhada e fria
Jlmg