Pelas alturas…
Abandonei os trilhos ínvios da terra
negra, por onde só transitam fantasmas velhos.
Alcandorei-me às alturas mediáticas
da fama bela.
Serenei meus ímpetos na suavidade
atenta dos olhares famintos.
Revigorei meu ânimo exausto das
canseiras tristes do dia-a-dia.
Fico planando na plenitude infinda do
universo como uma ave leve de asas largas.
Invadem-me ondas de remota origem
ignota.
Minha alma vibra, exalando os versos
que o sol lhe dita.
Se calhar, irei ficar por cá. Enquanto
meu estro arder, mesmo em lume brando.
Mais vale o pleno mesmo em pouco
tempo que a fartura abundante sem qualquer sabor…
Ouvindo Rachmaninov, concerto nº 3,
por Martha Argerich
Berlim, 25 de Novembro de 2017
15h7m
Jlmg
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