quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Ler sem queimar...



Ler sem queimar…

Escreve na terra, seca ou molhada, o sol.
Linhas tão cheias. Vazam saber.
Cheias de luz.
Oferta-as ao mundo.
Lê sem queimar.

Cumpre o dever.
Cada dia que nasce.
Com hora marcada.
Vai pela estrada e vereda da serra.
Se espraia na encosta,
Pintando quadros com beleza das cores.

Se banha nos rios. Cardumes correndo.
Mergulha nos mares. Em sono profundo.

Às vezes, faz frio e gela, revestindo com neve.
Albos os cumes, reluzindo de longe,
Alumiam as nuvens nas sendas dos céus.

Também ardem as matas, se cobrem de cinzas.
Renovam o húmus, videiras com cor.
Campos de milho, grão de centeio.

Fartura de vida, de graça e amor…

Berlim, 1 de Dezembro de 2017
8h27m
Manhã molhada e fria
Jlmg





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