terça-feira, 21 de novembro de 2017

A pacatez dos cemitérios...

Pacatez dos cemitérios...

Admiro a pacatez dos cemitérios.
Onde se arrasam em campas rasas,
as hirtas cristas.
Onde os ricos estatelam em cacos
suas riquezas.
Onde os fortes nem fracos ficam,
os vermes os devoram
que nem aos figos.

Aquele sono eterno, sem sonhos nem pesadelos.
Seus portões de ferro nunca enferrujam, de tanto abrirem.

Mesmo assim, a vaidade péga...
Para quê os mármores e as chafaricas dos túmulos em pedra?
Tantas cuzes ao alto a guardarem mortos.
Bastava uma.

Bar do Reichelt, em Berlim, 21 de Novembro de 2017
10h37m
Jlmg

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