terça-feira, 14 de novembro de 2017

Passeio da tarde...



Passeio da tarde…

Pelas quatro horas da tarde,
Pégo em mim e vou até ao bosque
Onde um lago dorme.
Mal me vêm os gansos se abeiram da margem e quedam expectantes.

Do meu saco de pano tiro pedaços de pão passado.
Os lanço a eles.
E, radiante, fico a ver como se comportam.
Quem chega primeiro apanha e ninguém mais discute.
É a luta do “cada um por si”.
Mas, há sempre algum que fica em terra.
Debicando nas ervas, usando a sua liberdade.
E nenhum o censura nem repreende…

Ouvindo Sissel Kirkjebe

Berlim, 14 de Novembro de 2017
17h8m
Jlmg



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