segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Entro no mar...

Entro no mar...

Como Pablo Neruda na sua Isla Negra,
entro no mar, pensando na metáfora do Universo.
Que nos contém e nos abraça.
...
Abraço as ondas ternas num vaivém constante.
Me deleito na suavidade da sua água tépida.
Mergulho meu corpo leve
e saboreio a doce sensação da intimidade.
Meus pés na areia ocultos,
agradecem o grato alívio que o mar lhes dá.
Olho ao longe a linha ténue do horizonte infindo.
Escorre-me na pele a frescura da água que me banha a mente.
Poiso minhas pálpebras para que os olhos sonhem.
Outra galáxia se abre à frente
onde, radioso, o belo mora em plenitude.
Me enlevo olhando tantas cores bailando.
Desenham formas tão belas, nunca meus olhos viram.
Se não viesse da noite o frio,
Quereria aqui ficar eternamente...
Ouvindo Maria João Pires tocando Mozart
Berlim, 7 de Novembro de 2017
7h45m
Jlmg

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