domingo, 12 de novembro de 2017

Apanhei o barco...



Apanhei o barco da ribaldaria…

Apanhei o barco da ribaldaria e fui prá outra banda.
Ia cheio.
Fartos da confusão de cá.
Das ruas a abarrotar.
Do formigueiro de cotovelos
E das bichas que não têm fim,
Ao redor dos estádios de contenta-tolos.

Fui buscar alento nas pradarias verdes salpicadas de papoilas
Entre o mar das sobreiradas.

Quero beber do vinho puro alentejano que me torna mais feliz.
Na companhia farta dum cozido.
Me regala para todo o ano.

Vou ver o Alqueva a raiar de luz.
Andar à vela, sem fumo negro.
Encher o peito de brisa e vento.

Quem me dera por lá ficar para sempre.
Mas é aqui que deita a fonte…

Berlim, 12 de Novembro de 2017
10h08m
Jlmg


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