E, lentamente…
E, lentamente, com muito jeito,
Se segue o caminho.
Subindo e descendo.
O peito arfando.
Corre suor.
A alma sonhando.
Paira no tempo.
Cada vez mais alto.
Já sobre as nuvens.
O horizonte se alarga.
Crescem as distâncias.
Tudo aparece
Na justa medida.
Nem grande nem forte.
Tudo pequeno.
Inocente e sem mal.
O ribeiro correndo.
No silêncio dos campos.
As veredas são riscos.
Dão para a escola.
E as casinhas perdidas.
Se erguem ao céu as torres,
Cristas de igrejas.
Aqui e além, uma fábrica estendida.
Bota golfadas de engenho.
Se perdem nos ares.
Eis senão quando, o cume aparece.
Monto a tenda.
E aqui fico p’ra sempre…
Ouvindo uma guitarrista croata
Berlim, 4 de Novembro de 2017
8h42m
Jlmg
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