segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Bosque bravio...



Bosque bravio…

Pintado de verde,
um bosque bravio,
cercado dum rio,
banhado de sol,
um lago no meio.

Recanto das fadas.
Vestidas de luz.
Luar de Janeiro.
Baile dos deuses,
Famintos de cio.

Famosos banquetes,
Regados de vinho,
Servido em odres.
Doçuras opíparas,
Mel da Abissínia.
Perfumes de incenso.

Afrodisíacos sabores.
Especiarias longínquas.
Que os Faraós adoravam.
Nabucodonosor, Semíramis.
Penélope e Ulisses.
Lepanto de Atenas.

Ao centro, uma torre.
Cem metros de altura.
A escada de Jacob
Chegava-lhe ao topo.
Ao longe, se divisava o Tigre e Eufrates.
Primos do Nilo.

Lentes potentes alcançavam as estrelas.
Se ouvia segredos,
Pelo Universo perdidos.

Este bosque tão célebre,
Que julgavam eterno,
Ruiu para sempre.
Só restam ruinas…

Ouvindo “Canção da Lua” de Dvorak, por Renée Fleming

Berlim, 20 de Novembro de 2017
17h41m
Jlmg







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