Vilas alentejanas
Caiadas de seda branca as casas das
vilas alentejanas, ostentam garbosas seus telhados de rubro ocre.
Encimam nobres os cumes das colinas.
Suas janelas de vidraças singelas,
debruadas de azul, lhes sorriem em suaves gargalhadas de luz ao sol.
Suas ruas estreitas labirínticas
esquadrinham recantos plenos de encanto e suavidade.
De vez em quando, surgem as praças
amplas, com jardins frondosos, onde a sombra fresca é um petisco.
Há sempre um lago verde e sinuoso,
Onde os cisnes bailam em plena e doce
liberdade.
Pelos bancos vermelhos desmaiados,
sossegam os velhos em saudosa cavaqueira, desde as sestas ao nascer da lua
cheia.
É tão puro o ar que respira as suas
gentes, lhes ruborescem as faces como se fossem de papoilas.
Ouvindo de Prokofief – Romeu e
Julieta
Berlim, 16 de Novembro de 2017
15h57m
jlmg
Sem comentários:
Enviar um comentário