A chuva e a seca…
No plaino do telhado rubro do montado,
escorre a chuva e a geada
e, em Agosto, bate a seca.
Enquanto, derreadas, as ceifeiras,
brandem foices nos seus punhos.
Escorre-lhes o suor pelo rosto, em caudal,
desde a nuca ao pescoço.
Vem a sede e vem a fome.
E a ceifeira, canta e chora,
Por um tostão,
Corta os molhos, rente ao chão.
Enquanto ao meio, o capataz,
Vai e vem,
As conta atento e fiscaliza,
Por conta do patrão.
A escravidão!...
Berlim, 17 de Novembro de 2017
8h46m
Jlmg
8h46m
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