sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Cantar ao vento

Cantar ao vento

Canto ao vento minhas canções dolentes como quem chora.
Oiço bem longe o marulhar das ondas.
Doem-me as penas que meu toucado ostenta.
Espero do futuro o pão da paz.

Consolo-me por ser quem nasceu há tanto.
Enchi meu tempo com suor e mel.
Às vezes, me embaraçam as aleivosias que a história traz.
Bendigo a sorte. Maldigo tudo que retira a vida e a doce arte de poetar.
Seara prenhe que o sol aquece.
Que a colheita chegue e nos mate a fome...
Reichelt em Berlim, 1 de Dezembro de 2017
9h51m
Jlmg

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