Prisioneiros do nosso corpo
Cada um nasceu no seu lugar.
Cresceu e, no decurso da vida, pôde
chegar a outros lugares.
Como bem menos de dois metros de
altura,
É limitada a amplitude da nossa
visão.
Só de avião. Mas, o que se ganha em
extensão se perde no pormenor
e na multiplicidade infinita das
características.
Ninguém possui o condão da ubiquidade.
Cada local onde nos encontremos,
exclui radicalmente, a infinidade doutros locais.
Quem não chora a dor de ter de se
despedir donde foi tão bom estar.
Só a saudade a suaviza.
E, pelo que agora se pode ver, graças
à modernidade,
É bem maior o que gostaríamos de
experimentar ao vivo mas não pode ser.
Berlim, 10 de Dezembro de 2017
22h4m
Jlmg
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