terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Clarear da manhã



Clarear da manhã

Suave e doce a manhã clareia.
Cor da cinza. Fria e molhada.
Sem espaços brilhantes de luz. A não ser das janelas amarelas das casas.

Lá por dentro é a faina da família.
A escola dos filhos. O trabalho do ganha pão.
E a estrada por onde circulam os carros com os nervos à flor da pele.

As árvores, hirtas na sua frieza invernal, assistem apáticas. Não bolem um só ramo.
Esperam a hora de reinar com seu verde florido.

Os pássaros e os corvos negros mantêm-se quietos nas suas tocas.
Daqui a pouco, soarão os sinos e as sinetas das igrejas e escolas.
Chamando a todos para o banquete dos espíritos.

É a rotina desta caminhada ininterrupta.
Um comboio longo. Leva a vida pela terra, em cortejo.

Berlim, 6 de Dezembro de 2017
7h57m
Jlmg



Sem comentários:

Enviar um comentário