Clarear da manhã
Suave e doce a manhã clareia.
Cor da cinza. Fria e molhada.
Sem espaços brilhantes de luz. A não
ser das janelas amarelas das casas.
Lá por dentro é a faina da família.
A escola dos filhos. O trabalho do
ganha pão.
E a estrada por onde circulam os
carros com os nervos à flor da pele.
As árvores, hirtas na sua frieza
invernal, assistem apáticas. Não bolem um só ramo.
Esperam a hora de reinar com seu verde
florido.
Os pássaros e os corvos negros
mantêm-se quietos nas suas tocas.
Daqui a pouco, soarão os sinos e as
sinetas das igrejas e escolas.
Chamando a todos para o banquete dos
espíritos.
É a rotina desta caminhada
ininterrupta.
Um comboio longo. Leva a vida pela
terra, em cortejo.
Berlim, 6 de Dezembro de 2017
7h57m
Jlmg
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