Poder das palavras…
Não há palavras ocas, roufenhas.
Dispostas em série. Bem arrumadas
expressam a alma em ideias sonoras.
Trocadas, valem romances, poemas com
história.
Forja de brasas. Rubras. Escaldantes.
Derretem o ferro e fazem o aço.
Vibram os golpes certeiros que matam.
Aliviam as dores e secam as lágrimas
que choram.
Terraço ou eira. Secam o grão.
Coram a roupa ao sol da verdade.
Balançam de gozo. Tecem tapetes.
Cobrem espaços vazios.
Fabricam sementes. Grãos de mostarda.
Cobrem de sombra cruzamentos e
esquinas.
Amordaçam arrogantes, roídos de traça.
Rapinam segredos dos escombros da
morte.
Cobrem as mesas com toalhas de sonho.
Berlim, 30 de Dezembro de 2017
19h20m
Jlmg
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