segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

As obreiras do Natal...



As obreiras do Natal…

Quando o Natal se avizinha, uma onda de ternura, quase divina, se apodera das nossas Mães e Avós.

Vem o sonho da felicidade a construir,
Adentro das nossas famílias.

Conseguir uma árvore. O pinheirinho. E enchê-lo de cores e luzes.
Cobrir-lhes os pés com as prendinhas,
A ninguém podem faltar.
Com o nome e as dedicatórias.
De quem para quem.
Com um lacinho a enfeitar.

Tudo à volta de um presépio,
Já vem da ternura dos antepassados.

Depois, vem a cozinha.
Aquela azáfama de tachos e de panelas.
A dispensa e o frigorífico estão a abarrotar de tanta química…

Na lareira em brasa, ardem as labaredas dos cavacos, de carvalho e de sobreiro.

O forno em cima, Deus nos perdoe.
Parece mesmo um inferno.
O sacrifício do cordeiro, com travessas de batatas tostadinhas.
Que cheirinho vai por toda casa.

O fogão ao lado, em ferro ou o eléctrico, se cobrem de tachos e de panelas.

Num, as batatas e as couves que a horta deu. Noutro, o bacalhau curado da Noruega, em postas bem medidas.

No outro lado, os filhos e as filhas, ajudam as suas mães no arranjo da doçaria.
A quem, por amor, vendem os seus segredos.

As filhoses. As rabanadas. As azevias.
Os “formigos” e a aletria.
Que regalo, só de vê-los.

Depois, vem a ceia, toda a gente,
Dos grandes aos mais pequenos,
Cada um o seu lugar.
Talheres e pratos reluzentes.

Dos vinhos, isso é tarefa do pai e do avô.

E, como há sempre um artista na família, no piano ou na viola,
Vem um fundo musical,
Para iniciar aquela festa da consoada e da alegria,
Depois da reza do avô…

Ouvindo “London Pops Orchestra”

Berlim, 25 de Dezembro de 2017
9h12m
Jlmg




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