De ferro e vapor…
De ferro e vapor era o comboio.
De Porto a Lisboa.
À borda dos rios ou subindo as
serras.
Soprando para o céu o calor da
fornalha.
Bebendo a água saída das fontes.
Assobiando ao vento, gemendo cansado,
carregado de gente.
Entre a serra e o mar.
Como era feliz. Servindo de graça,
criando riqueza.
Trajando de gala. Salas fidalgas.
Bordadas de oiro e damasco.
Classes singelas onde reinava a
igualdade despida.
Por vinte reais, se venciam
distâncias, unindo as famílias que partiam distantes, na luta da vida.
Te louvo comboio, de ferro e vapor
que repousas parado, glorificando o passado…
Ouvindo Rimsky Korsakov
Berlim, 17 de Dezembro de 2017
23,4m
Jlmg
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