As mãos…
Dedilham gestos minhas mãos abertas.
Escrevem letras seus dedos sós.
Pintam telas com a alma às cores.
Tocam sons doirados sobre pianos tristes.
Saúdam quem chega ou passa sem cobrar vintém.
Dão conforto e paz sobre as costas frágeis.
Acenam adeus a quem se vai embora.
Dão os parabéns como lhes manda a alma.
Amassam o pão que o forno coze.
Cuidam dos acamados como se fossem anjos.
Erguem os caídos que o chão puxou.
Só lhes falta a voz para poder falar…
Berlim, 9 de Dezembro de 2017
17h25m
Jlmg
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