cair da tarde na minha varanda...
é suave o cair da tarde,
no alto da minha varanda.
pelo céu perdidas,
vagueiam as nuvens,
parecem ovelhas,
procurando o leito
para passarem a noite.
se ouvem ao longe
os trinos das aves,
cantando hossanas
ao Criador.
no chão sem alma,
correm os carros,
como vão famintos,
procurando os lares.
choram crianças vizinhas,
não querem dormir.
e numa varanda,
rentinha ao passeio,
há um ancião de branco,
de venerandas barbas,
que cada dia,
às mesmas horas,
ora a Alá,
sem preconceitos.
enquanto eu,
aqui solitário,
olho para o mundo
eterno,
como o abrigo
que Deus lhe deu...
Berlin, 9 de Maio de 2015
20h47m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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