a doçura e a aspereza da vida...
que monotonia seria a permanente serenidade do mar sem ondas...
apenas um morto azul,
sem o abundante respirar do vento,
onde não velejariam caravelas.
e a nossa terra imensa e ronda,
sem as serras cheia de picos
e a branda correria das montanhas,
sem a garrida formosura dos seus vales.
e o fogoso correr dos rios,
desde lá dos píncaros,
sem o sobressalto agreste das cataratas,
e o fragor das rochas.
onde o amor e atenção aos outros,
se nosso viver de cada dia
fosse sempre um mar de rosas.
onde a maviosa sedução dos sonhos
se o nosso viver tivesse a pobreza cega dum programa.
oh que tédio!...
só que custa e faz sofrer
tem verdadeiro valor
e nos dá gosto...
ouvindo o portentoso jovem tenor Roberto Alagna
Berlin, 14 de Maio de 2015
6h49m
nasceu tristonho o dia
Joaquim Luís Mendes Gomes
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