Colapso total dos planetas...
A notícia explodiu na Terra
de sopetão,
Avassalou
e pôs o mundo num extremo pavor
e alvoroço.
Encheram-se os jornais e telejornais
das mais variadas opiniões.
De letrados doutores,
de adivinhos
e de charlatães.
Pelos céus, de lés a lés,
corriam vertiginosos,
nos hemisférios,
em reais fogos cruzados,
Pânico geral.
Vai ser o fim do mundo!...
Por toda a terra,
pararam as guerras e as dispersas algazarras,
As festivas e as demais,
as que tornavam num inferno
a vivência sobre a terra.
Terrificadas, em extertor, mortal,
se avivaram
bem fundo, os temores das consciências.
Tudo especou.
Ergueram-se em preces fervorosas,
toda a panóplia de religiões,
com incensos e procissões,
se apagando de vez,
a frontal arrogância dos ateístas.
Pelos continentes,
ficaram desertas
todas as magnas assembleias das potências.
Se calaram aflitas todas as vozes
dos presidentes mais poderosos
e eminentes
Sentiu-se o real valor
e o peso da paz e da igualdade.
Se abriram todas as portas
e fronteiras.
E a Humanidade convertida,
em uníssono,
jurou jamais pegar em armas,
se entregar à paz
e à mais ardente fraternidade.
Ao ver, agora, clarividente,
enfim,
o mal do mal...
e como seria bom reviver
em fraternidade,
se não fosse de vez o fim do mundo!...
ouvindo "Planets" de Gustavo Mahler
Berlin, 21 de Maio de 2015
6h49m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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