quinta-feira, 14 de maio de 2015

minha ilha...

minha ilha...

não quero ficar para sempre,
na minha ilha,
ainda que seja linda,
cercada de
céu azul e mar sem fim.

lindas montanhas,
altas ravinas,
vestidas de cores,
muitas flores,

uma rede estradas e túneis,
que me levem depressa,
duma ponta à outra...

quero sentir o mundo,
por terra firme,
ao meu alcance,
saltar as fronteiras,
outros matizes,
de cor e luz,

gentes diferentes,
novos saberes,
modos de estar.
onde a felicidade habita,
seja no campo,
seja na serra,
ou no formigar
duma cidade.

outros falares,
os mesmos sorrisos
e brilhar de olhos.

pequenas ermidas,
catedrais enormes,
majestosas torres,
lindos vitrais,
padroeiros à escolha,
advogados no céu.

mares de searas,
outras sementes.
vinho e azeite,
favos de mel,
urzes nos montes,
vales com rios.

sentir o prazer da saudade,
que me comece a puxar,
me volte suave
a doce vontade de regressar...

ouvindo André Rieu...

Berlin, 15 de Maio de 2015
6h8m

nasceu luminoso o dia

Joaquim Luís Mendes Gomes

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