Correm rios
Ocres, azuis e verdes
correm rios
na palma da tua mão.
Há cardumes de segredos,
em torrente,
que provêm não sei donde.
Sulcam fundo. Escuros. De mistérios.
Há tormentas,
por escarpas e ravinas.
E a serena paz dos vales.
Há carícias afluentes,
que se espalham,
ora frias ora quentes,
que consolam.
Há nascentes carinhosas,
perfumadas
que enlaçam
e aproximam as distâncias.
Há alfobres de sementes,
que sobraram das colheitas
dos anos bons.
Há o regalo das saudades
da doçura de outras mãos
e doutros rios.
ouvindo Mussogsky
Berlin, 26 de aio de 2015
6h40m
o sol já queima
Joaquim Luís Mendes Gomes
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