segunda-feira, 25 de maio de 2015

Correm rios

Correm rios

Ocres, azuis e verdes
correm rios
na palma da tua mão.

Há cardumes de segredos,
em torrente,
que provêm não sei donde.

Sulcam fundo. Escuros. De mistérios.

Há tormentas,
por escarpas e ravinas.
E a serena paz dos vales.

Há carícias afluentes,
que se espalham,
ora frias ora quentes,
que consolam.

Há nascentes carinhosas,
perfumadas
que enlaçam
e aproximam as distâncias.

Há alfobres de sementes,
que sobraram das colheitas
dos anos bons.

Há o regalo das saudades
da doçura de outras mãos
e doutros rios.

ouvindo Mussogsky

Berlin, 26 de aio de 2015
6h40m

o sol já queima

Joaquim Luís Mendes Gomes



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