domingo, 17 de maio de 2015

sabendo a mel...

sabendo a mel...

é doce suave o ar da manhã,
sabendo a mel,
depois duma noite serena,
de sonho.

o corpo saltando de força
e sedento de vida.

correr ou andar,
entre o arvoredo,
o canto das aves.
o gorgolejar das águas dum rio.

ver os cisnes bailando com graça,
arcos de valsas,
palácios de vidro,
espelhando d'azul
e de verde até à orla do bosque.

encontrar a labuta da vida,
em carros correndo,
cheios de gente dormente
que vai trabalhar.
horas a fio.
sustento dos seus.
que a esperam no lar.

camiões carregados,
fluindo a correr,
alguém os conduz,
com destino,
às horas marcadas.

operários, doutores,
de rostos serenos,
as mãos no volante,
tratam das árvores,
reparam as estradas,
servem nas escolas,
as artes que sabem,
semeando sementes,
garantindo o futuro,
enriquecendo as mentes
dos miúdos que brincam
e querem crescer.

é a festa da vida
que não pode parar...

Berlin, 18 de Maio de 2015
7h33m

ouvindo Chopin

Joaquim Luís Mendes Gomes

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