Nada a fazer…
Quando tudo acabou,
Todos os esforços foram feitos,
Se extremaram as posições,
Deixou de haver diálogo.
Tudo esquece.
E há vontade de viver
Até ao fim.
O dia-a-dia, tal e qual ele aparecer.
Com ardor.
Mais vale tomar outro comboio
E partir
Ao Deus dará.
Assistir ao nascer e pôr-do-sol
Noutras paragens.
Ver o fluir dos rios,
Sempre a correr,
Ora mansos,
Ora afoitos.
Só querem chegar o mar.
Quanto mais depressa melhor.
Atrás duma montanha grande,
Há-de haver outra maior.
Baixar os braços,
Nada fazer
É o pior que pode ser.
Só vence quem for à luta
Enquanto há forças
No corpo e na alma.
Temos tempo…de morrer.
Ouvindo Chopin por Horowitz
Berlin, 30 de Junho de 2015
6h4m
O sol já sorriu e se escondeu
Joaquim Luís Mendes Gomes
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