segunda-feira, 29 de junho de 2015

Nada a fazer...

Nada a fazer…

Quando tudo acabou,
Todos os esforços foram feitos,
Se extremaram as posições,
Deixou de haver diálogo.

Tudo esquece.
E há vontade de viver
Até ao fim.
O dia-a-dia, tal e qual ele aparecer.
Com ardor.
Mais vale tomar outro comboio
E partir
Ao Deus dará.

Assistir ao nascer e pôr-do-sol
Noutras paragens.

Ver o fluir dos rios,
Sempre a correr,
Ora mansos,
Ora afoitos.
Só querem chegar o mar.
Quanto mais depressa melhor.

Atrás duma montanha grande,
Há-de haver outra maior.

Baixar os braços,
Nada fazer
É o pior que pode ser.

Só vence quem for à luta
Enquanto há forças
No corpo e na alma.
Temos tempo…de morrer.

Ouvindo Chopin por Horowitz
Berlin, 30 de Junho de 2015
6h4m

O sol já sorriu e se escondeu

Joaquim Luís Mendes Gomes

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