Icebergue,
Gelado,
Negro, negro,
De meter medo,
Que avança, repentino
Como vulcão de lava
E tudo traga.
Serpente, medonha e
Gigantesca,
Carregada de peçonha,
Que vomita, cega,
Assassina trovoada,
Sobre searas
E casais de gente,
Inocente e sossegada,
Nos seus sonhos
De paz e vida.
Tempestade, louca,
De tormenta,
Que se acende,
Sem razão,
E sem sentido.
Despeja horror e caos,
Em torrente,
Sobre as terras
Que não são
De quem a ateia.
Alcateia,
Tresmalhada,
Por encostas e ravinas.
Afoga,
Em sangue e morte,
As cidades e as aldeias.
Perpignan, 12 de Outubro de 2001
Joaquim Luís Mendes Gomes
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