Décimo poema na varanda da casa nova
Do fim para o começo
Só virando tudo do avesso,
se alcança a verdadeira forma e conteúdo
de tudo que nos circunda.
Nada é aquilo que aparece
à primeira vista.
Primeiro, são só cerimónias,
tudo aberto.
- Entre. A casa é sua!
Não é preciso muito.
De todo o lado,
surgem desculpas.
- A gente queria...mas não podemos...
Não adianta os laços e o parentesco.
De irmão ou primo.
De tio,
De sogro ou sogra.
Muito menos vizinho.
Só o amor a sério,
como o dos pais,
nem sequer o inverso...
tudo aguenta e nunca se nega.
Berlin, 24 de Junho de 2015
20h36m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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