quarta-feira, 24 de junho de 2015

Do fim para o começo...

Décimo poema na varanda da casa nova

Do fim para o começo

Só virando tudo do avesso,
se alcança a verdadeira forma e conteúdo
de tudo que nos circunda.

Nada é aquilo que aparece
à primeira vista.

Primeiro, são só cerimónias,
tudo aberto.

- Entre. A casa é sua!

Não é preciso muito.

De todo o lado,
surgem desculpas.

- A gente queria...mas não podemos...

Não adianta os laços e o parentesco.

De irmão ou primo.
De tio,
De sogro ou sogra.

Muito menos vizinho.


Só o amor a sério,
como o dos pais,

nem sequer o inverso...

tudo aguenta e nunca se nega.

Berlin, 24 de Junho de 2015
20h36m
Joaquim Luís Mendes Gomes

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