sexta-feira, 26 de junho de 2015

Gestorben...meu mozzi

Décimo primeiro poema da minha varanda na casa nova


Gestorben!...

Nasceu no dia seguinte.
Estava a chover.
Quase gelado.
O entardecer.

Germinou de noite,
na minha cabeça.
Vou-o estender,
pô-lo ao sol.

Se vai colorir,
raios de sol.

Manhã de sorrisos.
Uma aurora a nascer.

Desta vez fui sózinho.
Sem a trela do cão.

Pelo mesmo caminho.
Os mesmos recantos.
Tudo cheirando,
com olhos de ver.

Até a padeira alemã
sentiu sua falta.

- gestorben!...

- Ah! coitadinho...
- já o gostava de ver!

Berlin, 27 de Junho de 2015
8h29m
Joaquim Luís Mendes Gomes



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