Com bandoleiros e arlequins…
Não se fazem festas de paz e de alegria
Com bandos de bandoleiros,
atacando pelas esquinas,
Nem com arlequins às cambalhotas
Pelas praias,
Assembleias,
Debitando pantominas.
Nem com urros e arremessos
Nem com brados
De trapaças,
A toda a hora,
Pelas cidades, vilas ou aldeias,
Espalhando a desordem e a desonra,
Aos vasos cheios de lama preta.
Deitando por terra
Os pilares da casa alegre
Onde reinava a paz e a festa brava
Do amor e da amizade.
Pintando o chão e as paredes,
De arabescos soeses e matizes disfarçados,
Propalando a confusão
E os negrumes,
Como regras de vida amorfa e sem sentido.
Se apagam todas as chamas
Que ardiam com fogo santo,
Como mandou a Natureza.
Se lançaram por terra
As bandeiras rubras, verdes,
Raiadas de sol,
Nimbadas de arcos triunfais
Que a história escreveu a letras de oiro…
Bombardas estúpidas
Só dispararam males,
Por nossos vales verdes,
Cheios de esperança.
Está na hora certa de dizer: - Basta!...
Ouvindo “Sagração da Primavera” de Strawinsky
Manhã de bruma
Berlin, 28 de Junho de 2015
5h11m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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