terça-feira, 7 de outubro de 2014

venha a trovoada...

Venha a trovoada…
Chovam raios e coriscos.
Chova granizo. Caiam pedras às toneladas,
Estremeçam as feras pelos bosques.
Se desvendem os segredos mais horrendos.
Tudo se acabe de vez…
E me deixe em paz!...
Tenho fome. Quero comer.
Tenho sono.
Quero sonhar.
Não me venham com essas lamúrias.
Se calem todas as trombetas e trombones.
Não atendo os telwfones nem celulares. Dexem-se de tretas!...Vão trabalhar!...
Já chega de barafunda. Uns gozando à bruta. Outros gemendo…
Mas que grande merda!...
Eu ainda estou lúcido…
Só tenho uma vida para viver…
E já passou do meio.
Vão-se embora.
Para o deserto.
Para a Tasmânia!
Vão todos…todos…
Para o mais fundo
Do inferno!...
Ouvindo Scherazade de Rimskikorsakov
Mafra, café caracol, 7 de Outubro de 2014
10h8m
Joaquim Luís Mendes Gomes

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