Cianeto…
Enchi meu copo de cianeto.
Fatal como o destino.
Levou o Sócrates,
Inocente e verdadeiro,
À prepotência…
Ali está.
Vou começar meu dia
E vivê-lo bem,
Como se fora o último.
Estarei atento.
Porei meus olhos
A todo o vapor.
Reparando em tudo.
Desde os ínfimos
Aos astros do céu.
Saboreei o mel,
Uma vez mais.
Sem condimentos,
Ao natural…
Como o fez a mestra.
Ouvirei a música
Em todos os tons.
Desde a clássica
À de andré rieu.
Sentar-me-ei à mesa,
Com o gosto aceso.
Beberei do mosto
E da água-pé.
Erguerei minha taça
À felicidade.
Rogarei pragas
À bestialidade.
Irei ao templo
Orar a Deus.
Sem dizer palavras…
Ele sabe tudo…
Só com olhar.
Irei à serra.
Para ver o mar.
Beberei da fonte
Ao nascer da bica.
Esquecerei minhas mágoas,
Solto-as ao vento.
Regresso a casa,
Leve e pronto
Para adormecer.
Em paz…
Assim Deus o queira!
Ouvindo André Rieu
Palidamente, clareia o
horizonte
Mafra, 25 de Outubro de 2014
Joaquim Luís Mendes Gomes
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