O manto da bondade…
Se a bondade vestisse o mundo,
Do norte ao sul,
Do leste ao oeste,
Reinaria a paz.
Raiava o sol,
Com toda a fartura.
Para toda a gente.
Suas riquezas iriam à mesa
De todas as casas.
O pão chegava e sobraria
Para todo o ano.
A cultura seria um rio
A desaguar no oceano aberto
De cada alma.
O perfume inebriante
Do amor fraterno,
Sairia do peito de toda a gente.
Haveria festa permanente
Por esses montes e valados,
Salpicados de lares em chama.
Haveria a alegria a jorrar
Das portas e das janelas,
A mandar entrar,
A toda a hora.
Sem cuidar de quem
Nem de seu nome.
Não haveria fome.
Não haveria frio.
E, quando a dor viesse,
Haveria sempre alguém à beira,
Com um abraço forte e quente
À cabeceira.
Seria azul o céu e o mar,
A terra verde.
Alvinitente o sol,
Para o olhar de toda a gente.
Que bom seria
O céu na terra…
Ouvindo Offenbach
Mafra, 8 de Outubro de 2014
4h44m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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