Não seria de estopa…
De linho não.
Seria de lã.
Aquele manto que a cobria toda.
Do rosto aos pés.
Era aos godés. Largos.
Se abria os braços,
O vento dava-lhe.
Parecia voar.
Se movia leve.
Como uma ave.
E ao cair da tarde,
Pegava na cântara,
A punha à anca
E lá ia ela
À água da fonte.
Depois vinha.
Lenta e linda.
Parecia uma fada.
Moça morena.
Fada de linho.
Não vinha só.
Com ela ao lado,
Um moço trigueiro.
Vinha enlevado.
Ó que pena.
Tão curto caminho...
Mafra, 8 de Outubro de 2014
23h19m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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