terça-feira, 14 de outubro de 2014

de bicicleta ao vento...

De bicicleta ao vento…

Vou de bicicleta ao vento,
Na estrada suave,
Que serpenteia a encosta.
Seara bailante.
Centeio e cevada.

Ao pé dum riacho,
De águas tão puras,
Se vê as areias.
Peixinhos correndo.
Sem freio nos dentes.

Desabotoei a camisa.
Meu peito arfando,
É barco rabelo.
Pelo douro subindo.

Meus cabelos ao vento
São a bandeira da paz.
Que vou agitando,
Rogando a bênção.
À Mãe-Natureza.
A deusa do pão…
Que há-de nascer.

Minha roda da frente,
Vai rolando aos esses.
Vai tonta de gáudio,
Brincando na estrada.

E o selim. Meu danado corcel.
Quanto mais lhe carrego,
Mais ele, tão suave e tão meigo,
Me impele a rolar…

Ouvindo Hélène Grimaud em Sonata de Beethoven

O dia está nascendo, parece melhor

Mafra, 15 de Outubro de 2014
6h10m

Joaquim Luís Mendes Gomes

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