De bicicleta ao vento…
Vou de bicicleta ao vento,
Na estrada suave,
Que serpenteia a encosta.
Seara bailante.
Centeio e cevada.
Ao pé dum riacho,
De águas tão puras,
Se vê as areias.
Peixinhos correndo.
Sem freio nos dentes.
Desabotoei a camisa.
Meu peito arfando,
É barco rabelo.
Pelo douro subindo.
Meus cabelos ao vento
São a bandeira da paz.
Que vou agitando,
Rogando a bênção.
À Mãe-Natureza.
A deusa do pão…
Que há-de nascer.
Minha roda da frente,
Vai rolando aos esses.
Vai tonta de gáudio,
Brincando na estrada.
E o selim. Meu danado corcel.
Quanto mais lhe carrego,
Mais ele, tão suave e tão meigo,
Me impele a rolar…
Ouvindo Hélène Grimaud
em Sonata de Beethoven
O dia está nascendo,
parece melhor
Mafra, 15 de Outubro de 2014
6h10m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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