Minhas pobres prendas…
Não mereço as que eu faço,
Em cada dia.
Me brotam na mente,
Centelhas de ideias,
Poemas e versos.
Castelos de nuvens.
Fumaças.
Fogos divinos.
Clarões.
Trovões.
Raios terrenos.
Mensagens. Reflexões.
E serpentes, teias
E ramagens desconexas.
Tomadas de consciência.
Reminiscências da genética.
Me correm fluidas.
Têm cores e rastos
De cometas antepassados.
Escritas, hieróglifos.
Traços rupestres.
Entrelaçados de incertezas.
Só sei que chegam,
Festivos, aturdidos,
Pela calma das madrugadas,
E se recolhem algures,
Sempre antes do amanhecer.
Seguindo sendas imprevisíveis,
Com rumos indecifráveis.
Falam do belo.
Do bom e do bonito.
E se me tornam as parcas prendas
Com que brindo
As amizades…
Ouvindo Mozart, em concerto piano nº
21
Mafra, 21 de Outubro de 20141h12m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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