domingo, 5 de outubro de 2014

ramas ocultos...

Dramas ocultos…

São ferretes cravados no coração da gente.
Só aliviam. Nunca curam.
Seu mal
Tem raízes fundas.

A não ser que o mundo mude
Ou acabe mesmo.

Nos invadem.
Prendem-nos o peito.
Nos amarram ao chão
E não há mais asas
Que os levantem.

São cordas grossas
Muitos liames.
Dão tantas voltas,
Nos afogam.
Como pedras de chumbo.

Quem não os sente,
A vida os gera.
Trovoada medonha
Não mais acaba.

Pesadelos.
Vidraças partidas.
Cacos de loiça
Daquela mais fina.

Estilhaços de sangue
Em cachoeira.
Um rio ganges
Que atravessa o mundo.

Só deserto, com muita areia.
Onde não chove
Há muitos anos.

Que vendaval.
E que tormenta.
Só um milagre a arder
Duma paixão diferente.
E seja para sempre…



Mafra, 5 de Outubro de 2014
15h24m

Joaquim Luís Mendes Gomes

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