domingo, 5 de outubro de 2014

desajeitado...

Desajeitado…

Nasci desajeitado e nu.
Fiquei à deriva,
Depois que me cortaram o cordão umbilical.

Daí para a frente, só dei topadas
E trambolhões.
Esmurrei meus joelhos.
Deitei sangue pelo nariz.

Muitas vezes fui chafariz,
Onde mal parecia.
Apanhei palmadas.
Fiz travessuras.
Atirei aos pássaros.
Violei ninhos.

Estou a pagar caro
Este montão de asneiras.
Mas foi assim que aprendi
A ser quem sou.
Respeitando todos,
Sem olhar quem são…

Muitas vezes erro.
Se puder apago
E pago bem a quem me amar.
Tudo que tenho eu dou.
Só guardo para mim
O que serviu aos outros…
Nunca me arrependi.
É assim que sou!

Mafra, 5 de Outubro de 2014
17h15m

Joaquim Luís Mendes Gomes

Sem comentários:

Enviar um comentário