Desajeitado…
Nasci desajeitado e nu.
Fiquei à deriva,
Depois que me cortaram o cordão
umbilical.
Daí para a frente, só dei topadas
E trambolhões.
Esmurrei meus joelhos.
Deitei sangue pelo nariz.
Muitas vezes fui chafariz,
Onde mal parecia.
Apanhei palmadas.
Fiz travessuras.
Atirei aos pássaros.
Violei ninhos.
Estou a pagar caro
Este montão de asneiras.
Mas foi assim que aprendi
A ser quem sou.
Respeitando todos,
Sem olhar quem são…
Muitas vezes erro.
Se puder apago
E pago bem a quem me amar.
Tudo que tenho eu dou.
Só guardo para mim
O que serviu aos outros…
Nunca me arrependi.
É assim que sou!
Mafra, 5 de Outubro de 2014
17h15m
Joaquim Luís Mendes Gomes
Sem comentários:
Enviar um comentário