A fala dos olhos…
Não depende da cor.
Verdes, azuis.
Castanhos de amêndoa.
Soletram a luz
E escrevem sonetos
Tão belos,
Ao sol,
Com tinta de mel.
Não precisam caneta.
Sua pluma macia,
Tecida de seda,
Risca e desenha tão fino.
Com traços de sonho
Os sonhos que ardem lá dentro.
Brilham calados,
Sorrindo e chorando.
Se banham no rio de lágrimas
Duma fonte correndo.
Ardem fogueiras,
Clarões de jasmim.
Torrentes tão quentes.
Curam os males,
Remédios para dor.
Mistérios ocultos.
Segredos do tempo
Que a natureza nos dá.
Falam fechados.
Cantam calados.
Calam o pranto e a cor
Das horas
E a alegrias
Que a vida nos dá…
Mafra, 7momentos, 9 de Outubro de 2014
10h33m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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