sábado, 18 de outubro de 2014

nunca cansarei de conjugar verbos...

Nunca me cansarei
De conjugar verbos…

De erguer com eles
Castelos assombrados.
Onde a fantasia more
E voe em liberdade.

Se viva de noite.
E se deixe ao dia
As canseiras do dia a dia.

Quero dividi-los.
Subdividi-los.
Dissecá-los a bisturi.

Fazer montes.
Uns activos,
Outros passivos.
Como os vulcões.

Fazer orações no conjuntivo.
E com condições.

Os imperfeitos
E os mais que perfeitos,
Do presente, do futuro
E do pretérito.

Conjugar modos.
Da voz activa à apassivante.

E bradar às estrelas
Pelas lindas conjunções da noite.

Fazer estrofes,
Talhar rimas,
Decassílabas.
Em catadupa.

Todos os estilos.
Desde o lírico
Até ao épico.

Só peço a Deus
Que minha voz se cale,
Quando eu der
A volta ao mundo…
23h 36m

Mafra, 18 de Outubro de 2014
Joaquim Luís Mendes Gomes





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