sexta-feira, 3 de outubro de 2014

gramática da alma...

Gramática da alma…

Aprendi na gramática muitas regras e capítulos.
Uma estante de remédios.
Para todas as tosses.

Não vi a alma da gramática.
Por que mora na literatura.
Tem gravuras,
De forma estranha.
Tem fonéticas.
E vozes estranhas
Como fadas
Que voam nocturnas.

Encontrei sistemas.
As leis do belo
Em formas gráficas.
Mas que pensa é quem as traça,
Com linhas breves.
Imagens de imagens
Que não têm leis.
São gravícas, giram em órbitas.
Como as estrelas.

Umas elípticas.
Outras singelas.
Descrevem quadros
Plenos de cor.

Pintam searas.
Escalam montanhas.
Derretem o gelo,
Em bolas de neve.

Escorregam nas escarpas.
Em aluvião.
Chegam ao chão
E ficam água…

Mafra, 3 de Outubro de 2014
15h16m

JoaquimLuís MendesGomes

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